segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Ter ideia da própria força


Uma coisa é achar que se tem força quando as circunstâncias são favoráveis. Outra coisa bem diferente é ter consciência da própria força quando as circunstâncias são adversas. A saudade da família é uma delas. Quando estamos longe daqueles que mais amamos e nos são preciosos, é como se estivéssemos sozinhos no alto mar. Então o senso de sobrevivência tem que entrar em ação, é nessas horas que fincar um mastro no coração e acreditar que temos uma força tremenda nos dá uma sensação de norteamento e essa sensação é grandiosa, fascinante e assustadora. Há quem pense que a solidão é ruim, mas não é tanto assim. Eu fico bem, decido o que fazer, coisas das quais gosto, como telefonar para amigos, assitir um filme, me entregar às notas musicais de uma bela canção ou sinfonia, fazer uma comida gostosa, entre outras. Vivo a vida entre semicolcheias e fermatas, entre movimentos musicais e breves pausas para descanso. Outras coisas não são tão agradáveis, mas essas coisas considero como lições, e isso me depura. A dor física é uma delas. Mas a subida é assim mesmo, às vezes cansa... Entretanto, sentir a vida, sua vibração, seu movimento, sua pulsação é mais que um analgésico- é como receber todos os dias um presente de Deus!  

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